Uma antiga e avançada civilização escondida na Floresta Amazônica

02/06/2021

As inúmeras imagens aéreas e de satélite revelam uma complexa rede de vilas, cidades, estradas e estruturas que até agora permaneceram escondidas. Os pesquisadores foram auxiliados pelo Google Earth, que lhes permitiu identificar estruturas que não são visíveis do solo.

Google Earth possibilitou a detecção de 210 geoglifos em 200 locais diferentes, em uma faixa de 250 por 10 quilômetros de largura na Amazônia.

Como as Linhas de Nasca, os incríveis desenhos geométricos, zoomórficos e antropomórficos da Amazônia só podem ser apreciados do ar.

A questão que se coloca é: por quê? Numerosos vestígios do que obviamente faz parte de uma civilização antiga e até então desconhecida apareceram sob as árvores da floresta amazônica.

De acordo com os pesquisadores, 260 enormes avenidas, longos canais de irrigação e cercas para gado foram vistos do ar. A descoberta foi feita perto da fronteira entre a Bolívia e o Brasil.

As ruínas foram descobertas devido ao rápido desmatamento, processo que vai consumindo a selva aos poucos para obter madeira ou campos para o cultivo de dendê (obtenção de óleo ou combustível) e isso está revelando o que antes estava escondido sob profundas camadas de vegetação.

Dado o fato de que o desmatamento revelou muitos dos segredos ocultos da área, novos estudiosos estão certos de que uma civilização avançada habitou a área em um passado distante.

As inúmeras imagens aéreas e de satélite revelam uma complexa rede de vilas, cidades, estradas e estruturas que até agora permaneceram escondidas. Até agora, os pesquisadores foram auxiliados pelo Google Earth, que lhes permitiu identificar estruturas que não são visíveis do solo.

Até o momento, inúmeras descobertas foram feitas, algumas delas são estruturas quadradas ou retangulares, enquanto outras formam círculos concêntricos ou figuras geométricas complexas como hexágonos e octógonos, todas conectadas por uma rede de largas avenidas.

Os pesquisadores encontraram valas ou trincheiras perfeitas, que têm entre 1 e 4 metros de profundidade e 11 a 12 metros de largura. Eles vêm em diferentes tamanhos e designs: círculos, quadrados, retângulos, formas compostas, linhas retas e paralelas às linhas. Além disso, as figuras estão conectadas pelo que parecem ser "caminhos".

Embora não haja evidências de que os antigos habitantes da Amazônia construíram pirâmides (apesar de alguns estudiosos acreditarem que existem pirâmides) e desenvolveram uma linguagem escrita, como fizeram os antigos egípcios, eles exibiam sinais de grande complexidade social e capacidade de moldar o meio ambiente.

Graças à escavação, os pesquisadores desenterraram cerâmicas, pedras esculpidas e outros elementos que apontam para vestígios de habitação humana, embora alguns dos locais não possuam quaisquer artefatos, os pesquisadores sugerem que alguns dos sítios arqueológicos poderiam ter funções cerimoniais, enquanto outros poderiam ter sido construídos para fins defensivos.

As características dominantes da geometria e dimensão dos geoglifos revelam algo fascinante sobre os antigos habitantes da região. Os pesquisadores acreditam que os povos antigos locais eram apenas nômades, caçadores e coletores no passado distante, mas o número de estruturas e seu tamanho apontam para uma sociedade complexa com tremendas capacidades em vários campos.

Os pesquisadores estimam que em alguns dos sítios arqueológicos descobertos até agora, a população era de aproximadamente 70.000.

Muito pouco se sabe sobre esta civilização amazônica, até agora; Mas, graças à cerâmica descoberta durante as escavações, os pesquisadores conseguiram situar a civilização na história de cerca de 2.000 anos atrás.

Em declarações ao The New York Times, Denise Schaan, arqueóloga da Universidade Federal do Pará no Brasil, disse que testes de radiocarbono indicaram que eles foram construídos de 1.000 a 2.000 anos atrás e podem ter sido reconstruídos várias vezes durante o período.

Participe do nosso Canal no Whatsapp --> Link 

Fonte das imagens: Lourenço Gurgel \ Mauricio de Paiva