Segundo físico da NASA, xenônio-129 encontrado em Marte indica que o planeta foi devastado por armas nucleares no passado

22/03/2023

Em agosto de 2012, o Rover Curiosity da NASA chega a Marte. Logo abaixo da superfície, os cientistas da NASA esperam encontrar pó de ferro oxidado vermelho em grandes quantidades.

O que eles não esperam encontrar são evidencias de uma guerra nuclear em larga escala. Um conflito devastador que parece ter ocorrido em Marte a 300 milhões de anos.

O Rover Curiosity foi enviado a Marte para analisar a composição química do planeta vermelho, mas o que ele acha, para a surpresa dos cientistas planetários, são quantidades significativas de xenônio 129.

Hakeem Oluseyl (Astrofísico): "Rover descobriu que tem muito mais xenônio 129 em Marte do que tem aqui na Terra. Que processo esta criando essa grande abundancia de xenônio? "

O primeiro palpite da NASA é que ele é originario do Sol.

Stephen Granade (Physicist): "Grande parte da atmosfera marciana recebe esses átomos do vento solar, das coisas que o Sol esta expelindo. Mas tem muito mais xenônio 129 na atmosfera marciana do que no vento solar. Então de onde vem esse xenônio 129 em grandes quantidades?"

Cientistas de todo mundo lutam para explicar a presença desse isótopo radioativo. Entre os que analisam os dados está o doutor John Brandenburg, um ex-físico da NASA e chefe adjunto da missão Clementine na Lua.

Brandenburg fica impressionado por um simples motivo, o xenônio 129 é o subproduto de explosões de armas nucleares.

John Brandenburg (ex-físico da NASA e chefe adjunto da missão Clementine na Lua): "Eu mostrei para vários especialistas em armas nucleares e eles afirmaram que essa é uma assinatura de armas nucleares. Não tem outro processo que possa criar esse espectro de xenônio."

A Terra passou por mais de 70 anos de testes com bombas atômicas. Cada teste deixando vestígios de xenônio 129. Mas a leitura do xenônio 129 em Marte ainda é duas vezes e meia mais alta do que a encontrada na Terra.

Hakeem Oluseyl (Astrofísico): "A presença de certos elementos em Marte indica que houve uma explosão nuclear ou explosões na superfície de Marte em algum momento da historia do planeta. "

Brandenburg nota dois focos nucleares no hemisfério norte de Marte onde os níveis de radiação são mais altos do que em qualquer outro lugar do planeta. Além disso, parece que as explosões nucleares estavam ocorrendo no ar acima da superfície.

John Brandenburg (ex-físico da NASA e chefe adjunto da missão Clementine na Lua): "O que também é interessante é o que não é encontrado, não existe nenhuma cratera em nenhum dos focos indicando que essas explosões foram explosões de ar. "

O tamanho imenso dos focos radioativos leva Brandenburg a uma conclusão devastadora.

John Brandenburg (ex-físico da NASA e chefe adjunto da missão Clementine na Lua): "Estamos falando de armas nucleares do tamanho do Empire State Building, enviadas do espaço e detonadas a quilômetros da superfície. "

Stephen Granade (Physicist): "Historicamente se olharmos fotos e ouvirmos relatos em primeira mão da explosão das bombas em Nagasaki e Hiroshima vemos a mesma coisa. Sem crateras mas com uma explosão gigantesca, uma expansão gigantesca de energia e total destruição de tudo no caminho da energia. "

Brandenburg analisou os dados do Rover para determinar quando esse evento nuclear ocorreu.

John Brandenburg (ex-físico da NASA e chefe adjunto da missão Clementine na Lua): "As melhores estimativas pra escala de tempo baseadas em evidencias isotópicas é que isso aconteceu a 300 milhões de anos. "

Linda Zimmerman (Cientista \ Autora): "Isso poderia mudar completamente o nosso conceito de Marte."

John Brandenburg (ex-físico da NASA e chefe adjunto da missão Clementine na Lua): "As armas não só acabaram com a civilização, como também destruíram a biosfera de Marte que nunca poderá se recuperar."

Brandenburg garante que o material encontrado em Marte não pode ter sido produzido por nenhum processo nuclear natural.

John Brandenburg (ex-físico da NASA e chefe adjunto da missão Clementine na Lua): "Se um reator nuclear natural tivesse ficado instável em Marte, não só produziria o espectro de xenônio errado como também criaria 2 crateras gigantescas e não tem crateras, o chão é totalmente liso onde aconteceu o evento. "

Brandenburg acredita que as evidencias apontem em uma única direção, que milhões de anos atrás, a vida inteligente em Marte foi destruída em uma guerra nuclear entre civilizações de planetas diferentes.

Linda Zimmerman (Cientista \ Autora): "Se isso aconteceu, e Marte foi realmente atacada por alienígenas, aconteceu quando praticamente não havia vida inteligente na Terra, então eles não teriam nos notado, mas a grande pergunta é, agora que estamos aqui, eles vão voltar? "

Fonte: History \ Discovery