O mistério de Ollantaytambo: como os incas construíram os degraus gigantes

Ollantaytambo é uma cidade e um sítio arqueológico inca no sul do Peru, a aproximadamente 72 quilômetros a noroeste da cidade de Cusco. Está localizada a uma altitude de 2.792 metros acima do nível do mar, no distrito de Ollantaytambo, província de Urubamba, região de Cusco.

Durante o Império Inca, Ollantaytambo foi a propriedade real do Imperador Pachacuti, que conquistou a região, construiu a cidade e um centro cerimonial. Na época da conquista espanhola do Peru, serviu como fortaleza para Manco Inca Yupanqui, líder da resistência inca.

Atualmente, situada no que é chamado de Vale Sagrado dos Incas, é uma importante atração turística devido às suas ruínas incas e sua localização na rota de um dos pontos de partida mais comuns para a trilha de quatro dias e três noites conhecida como a Trilha Inca.

As ruínas de Ollantaytambo têm principalmente significado religioso, embora também fossem estrategicamente importantes. Construída nos anos 1400, a grande fortaleza inca (também conhecida como Colina do Templo) e o Templo do Sol, com suas pedras monolíticas, elevam-se acima das ruas de paralelepípedos da cidade.

Marcas antigas semelhantes a símbolos ainda adornam essas enormes pedras. O complexo também inclui um terraço em degraus e uma área conhecida como os Banhos da Princesa, onde ocorriam banhos cerimoniais.

Uma subida de 200 degraus até o topo oferece ao visitante uma visão de perto dos restos de várias fontes e templos. Os locais também gostam de apontar a face inca esculpida no penhasco acima do vale.

Ollantaytambo era um lugar estratégico militar, agrícola e religioso para gerenciar e controlar o Vale Sagrado dos Incas, como se pode inferir das construções que eram presumivelmente reservatórios agrícolas e de uso militar, como muralhas e torres de vigilância (provavelmente para proteger contra etnias da selva).

Há 150 degraus que separam a parte superior da parte inferior, onde se pode observar as pedras perfeitamente esculpidas, obviamente dedicadas ao culto da água, com grande semelhança a Tipon (Vale do Sul de Cusco).

Este lugar é um centro cerimonial e de culto à purificação da água. O sítio arqueológico inclui uma série de terraços sobrepostos, exibindo blocos de pedra impressionantes e grandes, finamente esculpidos e localizados no terraço superior (Templo do Sol).

As ruínas incas em Ollantaytambo são vestígios das construções ordenadas por Pachacutec, após subjugar seus habitantes e conquistar essas terras, impondo obras de infraestrutura agrícola, compostas por centenas de plataformas e canais para garantir as terras agrícolas, postos de controle e vigilância nas colinas, edifícios domésticos e cerimoniais.

Também havia uma ponte para conectar a vila com a Trilha Inca e erguer satélites urbanos na rota para Machu Picchu.

O sítio também apresenta belas fontes, um "Templo do Condor" e inúmeras rochas e pedras com uma variedade de entalhes e sulcos que podem ter sido usados para observações astronômicas.

O mais notável deles é uma face vertical de rocha com saliências que alguns dizem ser um relógio solar que marca o solstício de dezembro e o zênite do sol.

Na verdade, todo o Ollantaytambo serve a um propósito astronômico; o sítio é dito estar disposto na forma de uma lhama, e no alto da montanha, um recinto de pedra chamado "olho da lhama" captura os primeiros raios do solstício.

Alguns acreditam que a alvenaria é tão incrivelmente feita que poderia ser impossível ter sido realizada por humanos. Em sua série de livros começando com "Eram os Deuses Astronautas?", o famoso cientista, aventureiro e autor suíço Erich von Däniken lançou a teoria de que as construções de pedra andinas foram feitas por alienígenas que visitaram a Terra há muito tempo e trouxeram avanço aos humanos primitivos daquela época.

Ainda é um mistério hoje como os incas conseguiram construir um complexo tão enorme e bem construído baseado em pedras. Naquela época, eles não tinham ferramentas de ferro ou conhecimento da roda, mas mesmo assim foram capazes de extrair as enormes pedras, transportá-las pelo vale e um rio, levá-las ao topo da montanha, moldá-las e colocá-las em estruturas notáveis.