Egito deve revelar, em 2026, descoberta na Grande Pirâmide que pode mudar a compreensão da história

O conhecido arqueólogo egípcio Zahi Hawass afirmou que uma revelação arqueológica prevista para 2026, ligada à Grande Pirâmide de Gizé, tem potencial para alterar profundamente o que se sabe sobre o Egito Antigo.
A declaração foi dada durante um painel na Feira Internacional do Livro de Sharjah, realizado no sábado, 8 de novembro. Segundo Hawass, sua equipe identificou uma nova passagem interna, com cerca de 30 metros de extensão, localizada por meio de equipamentos de varredura de última geração. O corredor, de acordo com ele, termina em uma estrutura semelhante a uma porta, cuja análise pode "mudar um capítulo inteiro da história faraônica".
O arqueólogo destacou que o uso de tecnologia avançada, incluindo robôs especializados, permitiu acesso a regiões da pirâmide que nunca haviam sido exploradas por humanos.
A busca por Imhotep e Nefertiti
Hawass afirmou ainda que está perto de realizar dois objetivos de longa data: localizar o túmulo de Imhotep — o lendário arquiteto responsável pela Pirâmide de Degraus de Djoser — e, eventualmente, encontrar o túmulo da rainha Nefertiti.
Imhotep, figura célebre do Egito Antigo, foi médico, engenheiro e um dos maiores inovadores arquitetônicos do período. É atribuído a ele o projeto do complexo funerário de Djoser, marco da Terceira Dinastia, e a transição da construção em tijolos de barro para o uso sistemático de pedra. Ele também introduziu colunas e estruturas que influenciaram toda a arquitetura posterior.
Para Hawass, identificar o local de sepultamento de Imhotep seria uma descoberta capaz de rivalizar — ou até superar — a importância da abertura da tumba de Tutancâmon. O arqueólogo afirma possuir indícios que reforçam sua convicção de que Imhotep realmente foi sepultado.
Grande Museu Egípcio e patrimônio nacional
Durante o evento, Hawass também comentou sobre o Grande Museu Egípcio, classificando-o como um dos maiores do mundo, especialmente pela exibição completa de mais de 5 mil peças pertencentes ao tesouro de Tutancâmon — algo inédito.
Ele voltou a defender a repatriação de antiguidades egípcias que estão em instituições internacionais, dizendo que o retorno desses itens não é apenas uma demanda nacionalista, mas sim a recuperação de um direito histórico e cultural do povo egípcio.