Descoberta de Louva-a-deus de 23 a 34 Milhões de Anos em Âmbar

10/02/2024

A natureza tem o poder fascinante de preservar insetos e mamíferos ao longo da eternidade, encapsulando-os em seiva de árvore que, com o tempo, se transforma em âmbar. Este fenômeno, amplamente divulgado pelo filme de sucesso Jurassic Park, onde sangue de dinossauro é extraído de mosquitos presos em âmbar, capturou a imaginação do público.

Uma descoberta notável foi feita em 2016, quando uma louva-a-deus, em estado de conservação excepcional, foi encontrada em âmbar e posteriormente vendida por $6.000 pela Heritage Auctions. Este extraordinário artefato foi localizado na República Dominicana e, segundo estimativas da Heritage Auctions, data do período Oligoceno, colocando sua origem entre 23 milhões e 34 milhões de anos atrás. A descrição do leilão destacou a raridade e o valor deste espécime, que apresenta uma louva-a-deus em condições raras de preservação, normalmente encontrada com deformidades devido à luta para escapar da seiva.

Este espécime específico destaca-se pela preservação impecável dos padrões de cor nas suas pernas curtas, espinhos nos braços, antenas delicadas e olhos grandes e complexos. Encerrado em um pedaço de âmbar dourado polido, medindo 134 por 114 por 1 polegada, o inseto representa um exemplo magnífico da biodiversidade antiga, digno de exibição em museus.

Além de insetos, o âmbar tem o potencial de preservar restos de animais, como demonstrado pela descoberta de ossos de uma cobra recém-nascida, estimados em 99 milhões de anos. Michael Caldwell, professor na Universidade de Alberta, Canadá, e sua equipe nomearam o espécime de Xiaophis myanmarensis. Este jovem réptil exibe características únicas, contribuindo para nosso entendimento das origens e da evolução das cobras. Caldwell observa a capacidade do âmbar de capturar e preservar o ambiente florestal onde a cobra vivia, oferecendo um vislumbre valioso do passado.

Fonte: archaeology world